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26 de julho de 2022 - 17:46 - Em destaque Notícias

Procuradora de Justiça do MP-BA recebe prêmio por atuação no combate ao racismo: ‘digamos não às violações!’

A procuradora de Justiça do Ministério Público estadual Márcia Virgens foi homenageada no “Prêmio Mulheres Negras contam suas histórias”, na noite de segunda-feira (25), por sua atuação no combate ao racismo. O evento, realizado no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus, em Salvador, foi promovido pela Associação de Terreiros da Bahia EGBÉ AXÉ.

A cerimônia ocorreu na data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e homenageou dez personalidades que ajudaram a transformar, de alguma forma, a vida das pessoas e a sociedade. Para a procuradora de Justiça, o prêmio é um ato de resistência, uma realização coletiva das mulheres da cidade de Salvador, que “todos os dias, mesmo com uma vida precarizada e com os direitos humanos violados, insistem em sobreviver, em realizar e em dizer não às violações”.

Márcia ressaltou que falar sobre a sua trajetória é contar a história de cada mulher negra que resistiu à opressão. Ela garantiu que continuará “arrombando portas” para combater o racismo e fincar o poder nas mãos das mulheres negras, pois, segundo ela, somente assim, será possível mudar a realidade do país.

Filha da procuradora, a jornalista Júlia Freitas disse que tem muito orgulho da mãe: “Ela é uma mulher guerreira, que abriu portas no Ministério Público para muitas mulheres negras dentro da carreira jurídica. É uma mulher que é espelho para muitas outras mulheres e para mim também, pois sei do papel fundamental que ela tem no trabalho dela, do lugar de mulher negra na sociedade e, saber que ela está sendo reconhecida por outras pessoas, me deixa muito feliz”.

Quem também não conteve a emoção foi o filho da homenageada, o servidor público João Gabriel Freitas. Para ele, o prêmio é sinônimo de representatividade e reconhecimento a um ser humano, que, “ao longo dos seus mais de 30 anos de Ministério Público, dedicou seu labor às políticas públicas e sociais, visando a garantia aos direitos fundamentais”.

“Para mim, a palavra de ordem após o legado de minha mãe é: continuidade. Espero que portas sejam escancaradas visando a paridade racial e de gênero”, acrescentou Freitas.

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