Foto: Guilherme Weber (Rodtag)/ do site do MP-BA

O Ministério Público do Estado da Bahia, por meio Unidade de Monitoramento da Execução da Pena (Umep), lançou esta semana o projeto ‘Agentes de AutoTransformação’, que visa prestar atendimento psicoterapêutico a agentes penitenciários estaduais com o intuito de mitigar os efeitos nocivos do trabalho em um ambiente carcerário.

Serão realizados trabalhos em grupo nas unidades penais com a técnica terapêutica do Psicodrama, que visam promover a integração dos servidores e identificação dos problemas. Serão feitas intervenções de curto prazo e os casos mais complexos serão encaminhados a atendimentos individualizados.

De acordo com o promotor de Justiça, Edmundo Reis, idealizador do projeto, ele decorre da análise de um diagnóstico feito nas penitenciárias baianas, que verificou o aumento de doenças ocupacionais, problemas emocionais, afetando inclusive as famílias dos agentes, decorrentes do tipo de trabalho que é realizado dentro de um presídio.

O projeto tem parceria com a Unifacs e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) e recebe apoio do Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública e Defesa Social (Ceosp) do MP.

A demanda por essa intervenção já existia dentro da Seap, mas não havia sido possível suprir anteriormente.   “É comum ver agentes ficarem indignados com a recusa de um detento ao atendimento psicológico a que tem direito, sendo que eles não possuíam esse tipo de assistência”, contou Edmundo.

Os envolvidos no projeto irão buscar mais parcerias com outras universidades para que seja possível uma atuação também nas unidades do interior do Estado.